De portas abertas para o melhor amigo

Fonte: Estadão
02/03/2018
Gestão

A imagem do cachorro que vive apenas no quintal e que tem entrada proibida para explorar os outros cômodos da casa está definitivamente no passado. Além de ter acesso livre ao lar, atualmente é comum os pets acompanharem os donos em bares, restaurantes, shoppings e livrarias, por exemplo.

Com a nova atitude, foi cunhado o termo pet friendly, que sinaliza aos donos locais em que o animal é bem-vindo. Em muitos deles, é possível até mesmo ganhar alguns mimos comestíveis para o animal.

Há dois anos, algumas unidades da pizzaria Bráz e, este ano, a hamburgueria Lanchonete da Cidade, ambas pertencentes à Cia. Tradicional do Comércio, passaram a aceitar pets nos espaços externos dos restaurantes.

“Vimos como uma tendência muito forte. Principalmente em bairros em que as pessoas circulam muito a pé, como Pinheiros”, conta a gerente de marca da Bráz e Lanchonete da Cidade, Camila Prado.

Para atender os clientes que desejam desfrutar do local na companhia dos pets, Camila conta que as áreas externas foram a solução, com o incremento de serviços.

“Escolhemos tornar essas áreas externas em um ambiente pet friendly. Para isso, passamos a servir todo o cardápio dos restaurantes também lá fora, porque antes só servíamos algumas entradas. Em termos de estrutura, colocamos ombrelones para fazer sombra e um bebedouro para água”, diz Camila.

De acordo com a gerente, o movimento de clientes acompanhados por pets é maior com a chegada do fim de semana, começando frequência elevada a partir das quintas-feiras.

Sorveteria. A marca de gelatos e sorvetes italianos Le Botteghe di Leonardo, que está no Brasil há quatro anos, não só entendeu a demanda de clientes que buscavam por um espaço acolhedor para os pets, como também embarcou na produção de sorvetes especiais para os animais.

“Elaboramos um pet park em frente as nossas lojas para que clientes e pets se acomodassem melhor. Além disso, também oferecemos um sorvete feito especificamente para os pets, sem nenhum tipo de conservante”, conta o gerente Marcelo Queiroz .

O sorvete para os cães não é um mimo da marca, que cobra R$ 10 a unidade.

Guia. A escritora Cris Berger não sai de casa sem a sharpei Ella. A procura por lugares em que fosse possível levá-la sem passar por constrangimentos a fez criar o Guia Pet Friendly.

Nos formatos impresso e também por meio de um aplicativo, o Guia apresenta uma seleção de locais, em São Paulo e no Rio de Janeiro, em que os pets têm entrada livre e o mínimo de estrutura para os animais, como um pote de água. “Levando a Ella para todos os lugares, percebi que poderia ter um estilo de vida que eu nem sabia. Eu posso ir para a academia, para o salão de beleza, para almoços, jantares e happy hour com a Ella sem o menor problema”, conta.

A escritora faz parte de um grupo de outros criadores de guias internacionais que compilam locais pet friendly ao redor do mundo e afirma categórica que o Brasil é um dos países mais abertos à convivência entre clientes e pets em estabelecimentos comerciais. 

“Estamos muito avançados porque o Brasil quer ter essa convivência. Muitos locais estão com as portas abertas. Existe uma evolução avassaladora.”

A Vigilância Sanitária é a responsável por exigir, regular e fiscalizar as normas necessárias para a implementação de locais pet friendly.


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